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A mostrar mensagens de agosto, 2020

Bolotas e bugalhos

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 No Carvalho alvarinho as Bolotas surgem mais cedo! Mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Ou seja: a bolota é o fruto do carvalho e as bugalhas ou bugalhos são originados pelo modo como o carvalho se defende de microrganismos agressores. Ao que sei, decorrem, atualmente, investigações deste processo que podem interessar à medicina humana.  Com a devida vénia, insiro aqui o complexo processo de formação dos bugalhos das autoria do amigo Rafael Carvalho. Para quem não saiba, vou tentar ajudar na explicação. O fruto do carvalho é a bolota. O bugalho desenvolve-se depois da chamada vespa da galha depositar os seus ovos num ramo. As células do carvalho no local desenvolvem-se de forma anormal, como se fossem um tumor, formando o bugalho que protege o ovo da vespa no seu interior. O bogalho também serve de alimento ao seu novo hóspede durante as suas sucessivas metamorfoses, até se transformar num inseto adulto. Nessa altura o inseto fura a bolota e segue a sua vida...

Carvalhos negrais e carvalhos alvarinhos....caduçofilos e marcescentes!

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  As Serras de São Mamde e de São Paulo, esta última em continuidade da primeira e fronteira a Castelo de Vide, e os arredores para os lados da Beira e a caminho da planície alentejana, são densamente povoados de Quercus pirenaica - Carvalho negral (e de Quercus suber - vulgo sobreiro). (Onde a mão humana teimou em impor manchas de pinheiros e de eucaliptos facilmente dizimados pelos incêndios de 2003, prenúncio de uma nova era dos ditos, já de má memória, e que prossegue) Ainda assim, é possível encontrar exemplares de Querqus robur (carvalho roble ou alvarinho). Pelo tacto (e pelo olhar) distinguem-se pelas suas folhas quase felpudas, no negral, e glabras (ou sem pêlos) no roble, particularmente na página anterior. Estes estão mesmo virados para a Vila de Castelo de Vide, a nordeste a na parte sombria da Serra de São Paulo. Em Outubro passado também fotografei meia dúzia de exemplares, quando se desce do Alto de São Bento, para uma parte sombria de São Mamede, igualmente na dire...

Carvalho secular

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Tenho um fascínio por este Q. pirenaica ou Carvalho negral, mesmo na berma da estrada Portalegre- Marvão. Os 40 cm de diâmetro do meu chapéu, são pouco mais do que um ponto, nos 4,30 m de perímetro do seu tronco. Provavelmente mereceria uma classificação de acordo com legislação específica.... Por enquanto, continua, para um olhar mais demorado, mesmo ao lado do contentor do lixo, no ancoradouro da estrada, feito para este. Ao que apurei a Câmara de Portalegre integra um grupo de dez municípios, em todo o país, que subscreveu e adotou legislação específica para proteção dos carvalhos genericamente considerados. Onde se incluem também azinheiras (Quercus rotundifolia) e sobreiros (Quercus suber). Parece-me que as Câmaras de Marvão e de Castelo de Vide, ou de Nisa, já fora do Parque, ainda não foram por aí. Não sei se há hesitações nesse sentido, mas é provável, dado que tal seria acrescer restrições no uso da floresta, nem sempre bem entendidas pela comunidade que habita estes município...

Beldroegas: qual Erva daninha....

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Pela globalização de outros tempos terá chegado a Portugal, particularmente ao Alentejo e Algarve. Provavelmente oriunda do Médio oriente ou da África. Esta Portulaca olearecea que pode ser considerada infestante é, no entanto, um poço de virtudes: nutricionais e medicinais. Que se coma pois, pelas mais variadas razões. Pelo ómega 3 que ajuda a prevenir AVCs ou pelo potássio, magnésio e ferro e mais vitaminas. Na famosa sopa de beldroegas, que me atrevi a fazer, como mostro, apesar da pouca habilidade para a coisa. Mas de muitas formas, do esparregado às saladas, passando pela picada nos ovos mexidos. Em chá, para várias maleitas, e muitos mais usos internos ou externos que, muitos, afirmam ter comprovado.